Um Rock Barroco
-Jayro Luna-
Estrada que do leito começada
Caiu por duas firmes marcas de partida,
Eu, por rebelde, corro essa corrida,
Deixo a lei, levo a vida aventurada.
Nem sei quando saí em tal caminhada,
Que eram linhas que tracei parecidas
Às cordas sobre os trastes sustenidas,
Ou trilhos da ferrovia abandonada.
É uma torrente mansa de águas claras,
Que de pedras rolando se derrama,
Faz mudar, tão confusa mas tão rara,
Que nas roupas que visto faço a trama:
Fio rústico tecido à roupa cara,
Não sei se é reta fria ou curva em chamas!
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Hai-kai.
-Raimundo Nonato de Oliveira-
Quero Possuí-la
Toda nua
Numa cama de redondilha.
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MORANGO ESPADAÚDO
-Vinícius Gonçalves de Andrade-
Sou morango espadaúdo
da cor que você confere:
morango azul, mas morango
atlético e moribundo.
Sou verão e feromônio,
o elástico do seu mundo,
a cor do desassossego
que pinta e borda seu
ego.
Sou entranha
e sou entorno. Seu dínamo
e seu entulho.
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SONETO 02
-Raimundo Nonato de Oliveira-
O amor é tão compadecido e duro
tão necessário a humanidade.
Que Camões e Vinícius dão murros
no pobre promíscuo marquês de Sade.
Sapiente e gostoso que nem ouro.
Dúvida, contratempo na idade
média, irmãos! Hoje Camões puro,
nas oficinas, faz amor com lealdade.
O amor anda livres nos braços dos meus
custa algum tempo para tornar real
quando dividido, livra-nos do mal.
Vou seguindo definições em bibliotecas
em línguas diferentes e misteriosas
das paixões morridas de almas penadas
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segunda-feira, 23 de julho de 2007
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