segunda-feira, 23 de julho de 2007

Poesia terática II

Um Rock Barroco
-Jayro Luna-

Estrada que do leito começada
Caiu por duas firmes marcas de partida,
Eu, por rebelde, corro essa corrida,
Deixo a lei, levo a vida aventurada.

Nem sei quando saí em tal caminhada,
Que eram linhas que tracei parecidas
Às cordas sobre os trastes sustenidas,
Ou trilhos da ferrovia abandonada.

É uma torrente mansa de águas claras,
Que de pedras rolando se derrama,
Faz mudar, tão confusa mas tão rara,

Que nas roupas que visto faço a trama:
Fio rústico tecido à roupa cara,
Não sei se é reta fria ou curva em chamas!
____________________________________________________________________________________


Hai-kai.
-Raimundo Nonato de Oliveira-

Quero Possuí-la
Toda nua
Numa cama de redondilha.
_____________________________________________________________________________________


MORANGO ESPADAÚDO
-Vinícius Gonçalves de Andrade-

Sou morango espadaúdo
da cor que você confere:
morango azul, mas morango
atlético e moribundo.

Sou verão e feromônio,
o elástico do seu mundo,
a cor do desassossego
que pinta e borda seu
ego.

Sou entranha
e sou entorno. Seu dínamo
e seu entulho.

_____________________________________________________________________________________


SONETO 02
-Raimundo Nonato de Oliveira-

O amor é tão compadecido e duro
tão necessário a humanidade.
Que Camões e Vinícius dão murros
no pobre promíscuo marquês de Sade.

Sapiente e gostoso que nem ouro.
Dúvida, contratempo na idade
média, irmãos! Hoje Camões puro,
nas oficinas, faz amor com lealdade.

O amor anda livres nos braços dos meus
custa algum tempo para tornar real
quando dividido, livra-nos do mal.

Vou seguindo definições em bibliotecas
em línguas diferentes e misteriosas
das paixões morridas de almas penadas

Nenhum comentário:

Deus

Deus
Blake

Cavaleiro

Cavaleiro
Hans Holbein